Divisão de tarefas

As espécies sociais, como as mamangavas-de-chão, a abelha melífera e as abelhas sem ferrão, vivem em colônias, onde há uma rainha e muitas operárias. Nesse modo de vida, a rainha é a única fêmea reprodutiva e responsável pela postura de ovos que darão origem às operárias, machos e novas rainhas. Todas as operárias são filhas da rainha e desempenham diferentes funções na colônia de acordo com a idade. 

Quando jovens, as operárias realizam trabalhos internos, como a limpeza das células de cria (operárias faxineiras), alimentação da cria (operárias nutrizes) e a construção de células de cria (operárias construtoras). 

Quando mais velhas, realizam trabalhos externos, como a defesa da colônia (operárias guardas) e a coleta de recursos, como pólen, néctar, resina e água (operárias campeiras ou forrageiras). Durante a coleta de recursos nas flores, as campeiras podem realizar a polinização. 

Ao longo de suas vidas, todas as abelhas irão desempenhar todas as funções dentro de uma colônia.

A rainha cuida apenas da reprodução. Ela faz um voo nupcial assim que se torna madura e acumula todos os espermatozoides dentro de um órgão chamado de espermateca. Cada vez que ela bota um ovo, libera alguns espermatozoides para fecundá-lo – ou não libera, caso queira que a cria seja macho. Além disso, ela é responsável pela liberação de feromônios que regulam o bom funcionamento da sociedade.

Em uma colônia de Apis mellifera, por exemplo, são encontradas uma rainha, de 2 mil a 80 mil operárias e de 0 a 400 machos, dependendo da época do ano. A rainha vive, em média, dois anos e as operárias aproximadamente 45 dias. Os machos morrem assim que acasalam com a rainha virgem. Os machos que não acasalam vivem, em média, 80 dias e não trabalham.

Geralmente, as colônias são construídas em cavidades preexistentes, como ocos de árvores, ninhos abandonados de formigas, pequenos mamíferos e cupinzeiros no solo, ou suspensos nos galhos de árvores, dependendo da espécie de abelha.