Como é feito

Que ele é doce, todo mundo sabe. Que é alimento rico em nutrientes, muita gente sabe. Mas há alguns outros aspectos interessantes sobre o mel produzido pelas nossas amigas abelhas. Aliás, você sabia que elas são os únicos insetos que produzem alimentos que são consumidos pelos humanos? E que em 21 de junho, primeiro dia do inverno, celebra-se o Dia do Mel?

O mel não é a saliva e nem o vômito das abelhas, como se costuma ouvir por aí. O mel é o néctar das flores que passou por processos de transformação química e física. A fabricação do mel começa com a coleta do néctar nas flores, que é a principal fonte de energia das abelhas e nada mais é que uma solução de açúcares, composta principalmente pela sacarose. Quando coletado, o néctar é armazenado em uma estrutura interna no corpo das abelhas, o papo, e ali entra em contato com duas enzimas, a invertase e a glicose oxidase. A primeira converte a sacarose em dois açúcares mais simples, a glicose e a frutose. A segunda transforma uma pequena quantidade de glicose em ácido glicônico, que torna o mel ácido, protegendo-o de bactérias que o fariam fermentar.

Quando chegam à colônia, as abelhas depositam esse néctar pré-processado em favos ou potes. Ali ele permanece para ser desidratado, o que acontece por meio da agitação das asas das abelhas, que ficam sobre os favos. E, assim, o mel se torna um alimento com pouca água, o que ajuda na sua conservação.

Sua composição é influenciada pelas características do solo, do clima e da fonte do néctar. Tais fatores podem alterar a cor, a acidez, o aroma, a umidade, o sabor, a viscosidade e até o tempo que ele demora para cristalizar. Com tantas variáveis, o mel é comparável ao vinho pelas diferenças que pode apresentar de uma safra para outra.