Para celebrar o Dia Mundial das Abelhas, a A.B.E.L.H.A. lança hoje um pôster com 14 abelhas essenciais para a polinização de cultivos agrícolas no Brasil.
Os polinizadores melhoram o rendimento e a qualidade de frutos e sementes de mais de 60% das plantas cultivadas para a produção de alimentos. Por isso, essas 14 abelhas são – ou deveriam ser – as “queridinhas” de produtores rurais e consumidores.
O pôster pode ser baixado gratuitamente no formato PDF. O material de divulgação científica é direcionado para quaisquer entusiastas das abelhas, sejam eles biólogos, criadores, ecólogos, educadores ou leigos.
Produtividade e qualidade
Para os agricultores, seu uso vai além da curiosidade. Produtores de laranja, tomate, maçã, goiaba, maracujá e outros 31 alimentos vegetais indicados, podem ser os maiores beneficiados ao tomar conhecimento da importância desses polinizadores.
“Com essa informação, os produtores podem direcionar planos de manejo de cultivos agrícolas e adotar práticas para manter essas abelhas protegidas e próximas às plantações. Assim, elas realizam a polinização, melhorando o rendimento e a qualidade dos frutos e sementes”, explica a bióloga Kátia Aleixo, idealizadora do pôster.
O material traz um código QR que direciona para uma página com informações complementares, na qual o interessado poderá conhecer mais sobre as abelhas, a exemplo de sua distribuição geográfica e como manejá-las próximas aos cultivos.
“Nossa intenção é ajudar na divulgação do conhecimento e na conservação dos insetos polinizadores. Produtores rurais conscientes sobre o papel das abelhas no aumento da qualidade e produtividade agrícola tendem a fazer o uso correto de defensivos agrícolas, conservar as matas nativas no entorno das plantações e manter um bom relacionamento com apicultores”, explica Ana Lúcia Assad, diretora-executiva da A.B.E.L.H.A..
As abelhas elencadas no cartaz incluem espécies sociais e solitárias. Tirando a abelha africanizada (Apis mellifera), que é híbrida de subespécies introduzidas no País para a produção comercial de mel, todas as demais são nativas do Brasil. Entre elas, estão abelhas sem ferrão, como a jataí, que está distribuída em todo o País, e espécies vultosas, como as mamangavas, que chegam a três centímetros de comprimento e que possuem papel relevante na polinização de algumas frutíferas, como o maracujá.
Fontes científicas
A seleção das 14 espécies foi feita com base em estudo publicado em janeiro deste ano e que fez um levantamento, com base na literatura existente, das espécies de abelhas que melhor contribuem para a produção agrícola do País. O trabalho, que inclui dois pesquisadores do Comitê Científico da A.B.E.L.H.A., pode ser acessado aqui.
Os cultivos polinizados pelas espécies de abelhas selecionadas foram consultados também no Relatório Temático sobre Polinização, Polinizadores e Produção de Alimentos no Brasil e no livro A Polinização Agrícola por Insetos no Brasil.
Para mais informações sobre as espécies de abelhas retratadas no material, bem como sobre muitas outras existente no Brasil, basta consultar a plataforma InfoA.B.E.L.H.A.. Desenvolvida em parceria com o Centro de Referência em Informação Ambiental (CRIA), ela reúne catálogos on-line de trabalhos científicos sobre polinizadores. Uma delas é o Sistema de Informação Científica sobre Abelhas Neotropicais, que compreende dados sobre as milhares de espécies, estudos, fotos, entre outros. Basta fazer a busca pelo nome popular ou científico da espécie.
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