Um novo parasita que ataca abelhas foi identificado na península de Coromandel, uma das várias regiões em torno da Nova Zelândia, e é o possível responsável pela perda de milhares de colônias de abelhas produtoras de mel desde o ano passado.
O Lotmaria passim, um parasita que ataca o intestino das abelhas, foi descoberto por uma equipe de pesquisadores norte-americanos cerca de seis meses atrás. Sua presença foi confirmada nas colmeias Coromandel e deixou os apicultores em alerta, já que temem outro grande desafio de biossegurança para a sua indústria, ameaçada pelo ácaro varroa que chegou à Ilha do Norte em 2000.
Os levantamentos indicam que até 95% das abelhas em cada colmeia desapareceram sem deixar rastro, com perdas de produção entre 40% e 65% para muitos apicultores comerciais.
Significativamente, sobreviventes das colônias registraram níveis elevados de Nosema apis e Nosema ceranae, parasitas unicelulares que também atacam o intestino das abelhas.
O Nosema ceranae só foi identificado em abelhas ocidentais há uma década, e apareceu pela primeira vez na Coromandel em 2010. Ele tem sido identificado como uma possível causa do Distúrbio do Colapso das Colônias (DCC) nos Estados Unidos – embora não seja consenso, já que ele também é encontrado em colônias de abelhas saudáveis.
O pesquisador Mark Goodwin (Plant and Food Research – NZ) , que está estudando os casos, avalia que as circunstâncias foram muito semelhantes à DCC, porém com uma diferença notada até o momento. “Os episódios de DCC ocorreram geralmente no outono, enquanto as perdas de abelhas em Coromandel ocorreram na primavera; se isso é significativo ou não, nós não sabemos nesta fase”.
Entretanto, ele ressalta: “não há nenhuma razão para dar o alarme, porque não sabemos o que está causando o problema atual.”
Fonte: NZ Farmer