As operárias sempre são fêmeas e compõem a maioria em um ninho. São bem menores do que a rainha e são responsáveis pela maior parte das tarefas. Elas que cuidam da defesa e manutenção do ninho, além da coleta de comida, da produção de mel e do cuidado com as crias. São as operárias que constroem as colmeias, usando materiais coletados nas cercanias, como madeira morta, areia, barro, folhas, pétalas de flores, óleos florais, resinas, entre outros.
A operárias que fazem a coleta de alimentos, água e outros materiais fora da colmeia são chamadas de forrageiras. Normalmente são abelhas mais experientes, mais preparadas para se localizar e encarar os riscos lá fora. Abelhas mais jovens participam principalmente nas tarefas no interior do ninho, como a produção de cera, o cuidado com as larvas e a construção de células de cria e potes de alimento.
O funcionamento da “maternidade” varia entre as Apis mellifera e as abelhas sem ferrão. Entre as Apis mellifera, as operárias vão alimentar a larva durante toda a fase de desenvolvimento larval. Isso permite, inclusive, que as operárias possam criar uma nova rainha, precisando apenas continuar a oferecer geleia real para uma larva fêmea com até três dias de vida. Nas espécies de abelhas sem ferrão, as operárias colocam todo o alimento necessário para o desenvolvimento da cria (que é regurgitado por várias abelhas) de uma vez só dentro das células. Só depois a rainha bota o ovo e, na sequência, as operárias fecham a célula e a larva se alimenta unicamente do que foi estocado.
Embora aprendamos como regra geral que as operárias são estéreis e, portanto, incapazes de produzir crias, em algumas espécies de abelhas sem ferrão as operárias podem sim ter seus ovários desenvolvidos e produzir suas crias. No entanto, elas nunca são fecundadas por um macho, ou seja, não carregam espermatozoides consigo, algo essencial para a geração de fêmeas, então, só são capazes de gerar machos. Na Apis mellifera, raramente as operárias desenvolvem ovários. Já está bem documentado nessa espécie que nas colônias onde há rainhas jovens e saudáveis pondo ovos regularmente, estas produzem e exalam feromônios para inibir o desenvolvimento dos ovários das operárias.
Em algumas espécies as operárias podem ser especializadas, como as guardas que ficam na entrada do ninho protegendo-o de possíveis invasores. Elas são de 10% a 30% maiores, têm mandíbulas mais fortes e podem ter uma coloração diferente. Geralmente são abelhas mais experientes.