Crédito da imagem em destaque: Brainey
O pesquisador Mohd Zulkifli Mustafa, do Departamento de Neurociências da Universidade de Ciências da Malásia (Malásia), é meliponicultor e dedica boa parte de sua vida acadêmica a estudar sobre os benefícios do mel das abelhas sem ferrão para o cérebro humano. Suas pesquisas têm mostrado que o produto, de boa qualidade e variedade floral, pode aprimorar as funções de memória e o aprendizado.
Além disso, Zulkifli Mustafa, que participou de uma mesa-redonda na Apimondia com representantes de vários países da Ásia, é um importante promotor da meliponicultura como forma de ampliar a renda de pequenos produtores.
Diante da oferta de produtos sem padronização de higiene e qualidade no mercado local, o pesquisador viu na atividade o seu imenso potencial de promoção de bem-estar socieconômico a empreendedores e suas famílias. “Quando uma família possui colônias de abelhas sem ferrão em casa, pode explorar o mel para consumo próprio e também empreender ao vendê-lo. Ao ter as abelhas, é preciso cultivar flores e isso também torna a casa mais bonita, além de promover a polinização”.
Em sua apresentação no congresso, o pesquisador contou que, em 2012, deu inicio ao projeto The reinventing honey quality (RHQ), com diversos stakeholders de seu país para desenvolver a cadeia do mel. O programa, que desenvolve e dissemina tecnologias para a criação de abelhas sem ferrão, a produtividade e a qualidade do mel, já alcançou mais de 4 mil meliponicultores. A produção de mel anual das famílias passou de 1 tonelada no início do projeto para 100 toneladas.
Assista ao depoimento de Zulkifli Mustafa (em inglês) à A.B.E.L.H.A. e conheça mais sobre o projeto.