Publicado no periódico científico Agriculture, Ecosystems & Environment, um estudo conduzido em 34 fazendas de café relevou os padrões e os rendimentos de visitantes florais e seus relacionamentos com paisagens e contexto de gestão ao longo de dois anos.
Das propriedades de café, todas na Chapada Diamantina (Bahia), 15 têm gerenciamento de baixo impacto e 19 têm de alto impacto.
O estudo aponta que fazendas perto de áreas naturais e com baixa intensidade de manejo têm maior potencial para reduzir as lacunas de produção e manter a biodiversidade.
“A biodiversidade por sua vez (representada pelos polinizadores) melhorou os rendimentos em 30%, e os rendimentos foram menores em fazendas maiores e de manejo intensivo”, afirma a coautora do estudo Blandina Viana, pesquisadora da Universidade Federal da Bahia (UFB) e conselheira da A.B.E.L.H.A..
As fazendas de baixo impacto, por outro lado, podem depender não apenas de paisagens diversificadas, mas também de investimentos adequados em práticas de produção sustentável.
“Esses resultados demonstram que a combinação de estratégias de manejo da paisagem com sistemas agrícolas amigáveis à biodiversidade pode gerar sinergias entre múltiplos serviços ecossistêmicos, como a polinização, a produtividade e a rentabilidade agrícola”.
Fonte: ScienceDirect