Em artigo publicado no periódico científico Agricultural Systems, pesquisadores do Brasil e da Argentina analisaram o impacto da distância entre fragmentos florestais em cultivos de oleaginosas (Brassica napus) para o rendimento e o valor econômico das culturas.
Uma das principais conclusões é que os agricultores poderiam aumentar sua produção se mais áreas naturais (5%) fossem incluídas nos campos de cultivo, mesmo que a medida reduzisse a área agricultável.
Os serviços de polinização prestados por abelhas e outros organismos, chamados serviços ecossistêmicos, são fundamentais para a manutenção da biodiversidade, da produção de alimentos e de biocombustíveis. Para a polinização eficiente das flores – que produz frutos e sementes que são qualitativamente e quantitativamente melhores – os polinizadores precisam de fragmentos florestais e áreas naturais, onde podem construir seus ninhos e buscar alimento.
O experimento apontou que áreas de cultivos a mais de 325 m de fragmentos florestais foram pouco polinizadas e que a adição de pequenas “manchas” naturais nos campos de cultivo provavelmente levará a uma maior produção de sementes e aumentos sucessivos no valor econômico das culturas de canola.
O estudo foi realizado por pesquisadores da Universidade Católica do Rio Grande do Sul, da Universidad Nacional de Río Negro (Argentina), Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas (Argentina) e da Universidade de São Paulo.
O artigo, publicado na edição de abril da Agricultural Systems, está disponível em https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0308521X19305669.
Fonte: Agricultural Systems