Conscientizar crianças e adolescentes sobre a importância de proteger e conservar todas as espécies de abelhas para a continuação e manutenção da vida na Terra. Esse foi o objetivo do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) durante a 13ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT). Em estande montado no Jardim Botânico de Brasília, com o tema “Ciência Amiga das Abelhas”, a organização social supervisionada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) levou informação e conhecimento por meio de palestras, atividades interativas, realidade aumentada e contato com espécies vivas de insetos polinizadores do ecossistema, como as abelhas.
“Essas crianças que passam por aqui não vão esquecer pelo resto da vida que elas são importantes para conservação e proteção das abelhas. Esta também é a missão do CGEE: pensar o futuro; antecipá-lo. Então, em tudo o que poderá acontecer que possa ser estudado hoje, de forma a prevenir ações que venham a ser maléficas para o homem, para a Terra, o meio ambiente, o CGEE está presente. Temos que estimular a pesquisa nessa área, principalmente, no manejo, melhoramento genético, informações para o cidadão comum, que também pode fazer muitas coisas”, afirmou o engenheiro agrônomo Antônio Guedes, assessor técnico do CGEE e um dos palestrantes do estande.
Ao longo da semana, os estudantes receberam informações sobre a vida das abelhas, o trabalho de polinização, os riscos de extinção que algumas espécies estão sofrendo pelo mundo, além da oportunidade de observar espécies de abelhas produzindo mel em caixas. O estande também ofereceu o contato com um jardim real, mostrando a diversidade de plantas que atraem e ajudam a preservar as abelhas e a participação em atividades interativas.
“Queremos que os jovens percebam a importância dos polinizadores no mundo, quais são os principais agentes, proteção e equilíbrio dos ecossistemas e produção de alimentos”, explicou a economista do CGEE, Mayra Juruá.
Os visitantes ainda puderam visualizar um café da manhã com polinizadores e outro sem a participação desses insetos. No primeiro caso, foi possível perceber uma variedade de frutas, legumes e sucos enquanto a segunda opção conta apenas com um simples desjejum a base de pão, queijo, leite e ovo.
O engenheiro agrônomo Antônio Guedes alerta para o desaparecimento das abelhas em todo o mundo, principalmente, nos Estados Unidos e Europa, como revelam estudos realizados nas últimas décadas. “As abelhas existem na Terra há 60 milhões de anos, e a maioria das espécies de plantas e flores de hoje são resultado do trabalho das abelhas ao longo desses anos, mas nós em poucas décadas, talvez, vamos destruí-las”, afirmou.
Segundo ele, essa ocorrência se deve a diversos fatores, incluindo as ações do homem no meio ambiente. “Muitos desses fatores são ocasionados pelo homem, principalmente, nas formas de cultivar, como as monoculturas. No Brasil, por exemplo, é possível encontrar 15 mil hectares de soja plantados. Para nós é riqueza, para as abelhas é deserto. Outros fatores são mudanças climáticas, aumento da temperatura, diminuição do oxigênio no ar, aumento do gás carbônico na atmosfera, elementos que contribuem para que as abelhas não se adaptem e morram”, apontou.
Leia mais no site da iniciativa do CGEE, Ciência Amiga das Abelhas.
Fonte: MCTIC