São Paulo, 20 de junho de 2016 – Você provavelmente sabe que o mel possui diversos benefícios e funcionalidades na saúde, na beleza e na culinária. Mas você conhece as diferenças de cada mel e qual o ideal para o seu dia a dia?
No Brasil, existem muitas variedades do produto. Mas são 12 os tipos de méis que se destacam por sua peculiaridade, alguns deles são raros e difíceis de encontrar no mercado convencional. Eles possuem características distintas e mudam de acordo com a planta de onde é extraído o néctar, a localização geográfica dessas vegetações e das espécies de abelha produtoras. Sendo assim, o mel pode apresentar consistências, sabores e cores diferentes.
Utilizado como alimento e adoçante natural pelo homem desde a pré-história, o mel tem um papel fundamental para a humanidade A celebração de duas datas no ano demonstra o importante papel do produto presente diariamente na mesa de milhares de lares. Em 17 de março comemora-se o “Dia Nacional do Mel”, e em 21 de junho, primeiro dia do inverno, celebra-se o “Dia do Mel”.
Para comemorar o Dia do Mel, Cristiano Menezes, pesquisador da Embrapa Amazônia Oriental e conselheiro da A.B.E.L.H.A. listou 12 dos principais tipos de mel existentes no Brasil.
Mel da abelha Apis mellifera
O mel é consistente, pois possui em torno de 80% de açúcares ou mais. Geralmente as abelhas africanizadas (Apis mellifera) são transportadas para áreas específicas durante floradas intensas de uma espécie de planta e assim visitam praticamente um único tipo de flor. Portanto, a característica do mel produzido, nesse caso, depende da planta visitada pela abelha.
- Laranjeira: Mel claro, muito valorizado pelos consumidores brasileiros devido ao aroma e coloração, predominantemente produzido em São Paulo e Minas Gerais;
- Eucalipto: Mel relativamente escuro, rico em minerais, geralmente utilizado como expectorante. Produzido nas regiões Sul e Sudeste;
- Cipó-uva: Mel transparente, costuma agradar os consumidores por sua coloração e aroma, predominantemente produzido em áreas de Cerrado, em Minas Gerais;
- Bracatinga: Mel não-floral ou melato, produzido a partir de cochonilhas, insetos sugadores que secretam um líquido açucarado no tronco da Bracatinga, árvore nativa das regiões mais frias do Sul do Brasil. Sabor muito autêntico e peculiar, muito escuro e rico em minerais. É possível produzir mel das flores também, geralmente com sabor bem amargo.
Mel das abelhas sem ferrão
Mel mais fluido porque, em geral, possui 70% de açúcares. As abelhas sem ferrão costumam visitar diversos tipos de plantas ao mesmo tempo, por isso, a característica do mel é influenciada mais pelo tipo de abelha produtora do que pela espécie de planta visitada.
- Uruçu: Mel claro e amarelado, levemente ácido, produzido no Nordeste brasileiro;
- Mandaçaia: Mel claro, às vezes transparente, não é ácido, com sabor característico do material de construção usado nas colônias, produzido no Sul e Sudeste;
- Jataí: Mel claro, levemente ácido, muito usado na cultura popular por suas propriedades medicinais, produzido no Brasil todo;
- Uruçu-amarela: Mel muito ácido, produzido no Pará, considerado o melhor mel do Brasil no concurso de mel organizado pela Ame-Rio nesse ano;
- Tiúba ou uruçu cinzenta: Mel muito doce, geralmente transparente, produzido no Maranhã e Pará;
- Borá: Mel bastante peculiar, é levemente salgado e possui aroma que lembra o sabor de queijo, ótimo para temperar saladas. Produzido na região Sudeste;
- Jandaíra: Mel levemente ácido, usado na cultura nordestina como produto medicinal, produzido na região do Semi-árido do Rio Grande do Norte;
- Mandaguari: Mel levemente amargo e mais viscoso, produzido no Sul e Sudeste;