A mais famosa das abelhas sociais com ferrão é a Apis mellifera, nativa da Europa, África e parte da Ásia. Conhecidas por sua produção incansável de mel, a Apis mellifera é a favorita para a criação com objetivo de produção comercial — daí o nome ‘apicultura’ dado para a atividade.
A Apis mellifera chegou ao Brasil em 1839, pelas mãos do Padre Antonio Carneiro, que trouxe 100 colônias vindas do Porto, em Portugal mas apenas sete colônias sobreviveram. Elas foram criadas inicialmente no Estado do Rio de Janeiro e inauguraram a apicultura brasileira.
Como a produtividade dessas abelhas era fraca, em 1956, o professor Warwick Estevan Kerr partiu para a África, de onde voltou com 49 rainhas da raça abelha-africana (Apis mellifera scutellata). Por um erro de manejo, 26 colmeias com as rainhas da raça africana enxamearam e cruzaram com machos das raças europeias que aqui estavam, resultando numa raça híbrida, a abelha-africanizada — hoje presente em todo o País. As abelhas-africanizadas herdaram de suas parentes da África sua alta produtividade, mas também a agressividade.
Apesar de se espalharem por todo território nacional, inclusive em ambiente urbano, as abelhas-africanizadas não são as únicas com ferrão. As do gênero Bombus também são sociais (apesar de fazerem colônias mais simples e pequenas) e possuem ferrão. As espécies existentes no Brasil, conhecidas como mamangavas-de-chão, são agressivas. Já sua parentes que vivem na Europa ou EUA são menos defensivas e, por isso, usadas para fins de polinização comercial (as colônias são alugadas para agricultores na época de floração de culturas como o tomate).
Há ainda diversas espécies de abelhas que possuem ferrão e que não vivem em sociedades.