Introdução das abelhas africanas
Até a década de 1950, a produtividade de mel pelas abelhas melíferas europeia era baixa, não ultrapassando 8 mil toneladas por ano e um singela 27° ugar na produção mundial, já que essas abelhas não eram adaptadas às condições climáticas tropicais. Também grande quantidade das colmeias foram dizimadas, devido às doenças como acariose e nosemose.
Para reverter essa situação, em 1956, o professor Warwick Estevan Kerr partiu para a África em busca de novas abelhas rainhas. A viagem, que contou com o apoio do Ministério da Agricultura, resultou na vinda de 49 rainhas que foram instaladas no apiário experimental de Rio Claro, no Estado de São Paulo.
O projeto era realizar estudos comparando as abelhas africanas com as europeias, avaliando a produtividade e resistência para a definição da raça mais adequada às condições brasileiras.
Entretanto, por falhas de manejo, as abelhas de 26 colmeias acabaram liberadas e culminou com o cruzamento das abelhas africanas com as europeias que aqui estavam, resultando na abelha africanizada. Durante esse período de africanização, o país viveu uma fase problemática que foi muito explorada pelo sensacionalismo da mídia, que as tratava como “abelhas assassinas”, devido aos muitos acidentes que ocorreram.
De salvadoras da nossa apicultura, elas passaram a ser tratadas como pragas que precisavam ser exterminadas. Soluções drásticas, como pulverizações de inseticidas em grandes áreas, chegaram a ser avaliadas. Diante desse quadro caótico, de baixa produção de mel, desconhecimento no manejo e diversos acidentes, muitos apicultores abandonaram a atividade.
Com o tempo os apicultores remanescentes passaram a adaptar as técnicas de manejo das abelhas europeias para as africanizadas, muito mais agressivas, mas também muito mais produtivas e mais resistentes às doenças.