Pela primeira vez a América do Sul sedia uma edição do Congresso da União Internacional para Estudos de Insetos Sociais (IUSSI), cujos simpósios tiveram início nesta segunda-feira, 6, no Guarujá (SP).
Na abertura do IUSSI 2018, Klaus Hartfelder, presidente da instituição e biólogo da Universidade de São Paulo, destacou que o Brasil merecia sediar o evento, pois a América do Sul tem um histórico de longa data em estudos com insetos sociais. O Brasil e o continente foram palcos de trabalhos pioneiros no século 19 de naturalistas como o britânico Charles Darwin e o teuto-brasileiro Fritz Müller.
Ele também reconheceu o importante trabalho realizado por brasileiros pioneiros no estudo das abelhas, como João Maria Camargo e Padre Jesus Santiago Moure, ambos já falecidos, além do geneticista e entomologista Warwick Kerr e o naturalista Paulo Nogueira Neto.
Klaus também agradeceu às agências fomentadoras de pesquisa que apoiam o congresso, como a Associação Brasileira de Estudos das Abelhas (A.B.E.L.H.A.), a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e a Springer.
O presidente do IUSSI também anunciou que, nesta edição do evento, o Prêmio Hamilton – concedido pela instituição para reconhecer cientistas que se destacaram por suas pesquisas de insetos sociais, será entregue a Jacobus “Koos” Boomsma, biólogo da Universidade de Copenhagen (Dinamarca). Ele foi escolhido em votação de cada uma das dez seções da IUSSI (brasileira, japonesa, norte-americana, australiana, entre outras).