Hoje, 21 de junho, comemoramos o Dia do Mel, delicioso fruto do esforço das nossas polinizadoras favoritas! As abelhas são os únicos insetos que produzem alimentos que são consumidos pelos humanos. O mel é produzido a partir do néctar das flores, que as abelhas recolhem, transformam, combinam com substâncias específicas próprias, armazenam e deixam madurar nos favos da colmeia.
A composição do mel é influenciada pelas características do solo, clima e pela fonte do néctar. Esses fatores podem alterar a cor, a acidez, o aroma, a umidade, o sabor, a viscosidade e até o tempo que ele demora para cristalizar. Com tantas variáveis, o mel é comparável ao vinho pelas diferenças que pode apresentar de uma safra para outra.
Além de ser usado como adoçante natural e na gastronomia, o mel também é utilizado para fins cosméticos desde o Egito antigo. Ele tem um efeito imediato de hidratação, tonificação e amaciamento da pele e produz efeitos benéficos para o cabelo e couro cabeludo.
Vale lembrar alguns dos principais tipos de mel no Brasil:
Mel da abelha Apis mellifera
O mel é consistente, pois possui em torno de 80% de açúcares ou mais. Geralmente as abelhas africanizadas (Apis mellifera) são transportadas para áreas específicas durante floradas intensas de uma espécie de planta e assim visitam praticamente um único tipo de flor. Portanto, a característica do mel produzido, nesse caso, depende da planta visitada pela abelha.
- Laranjeira: Mel claro, muito valorizado pelos consumidores brasileiros devido ao aroma e a coloração, predominantemente produzido em São Paulo e Minas Gerais;
- Eucalipto: Mel relativamente escuro, rico em minerais, geralmente utilizado como expectorante. Produzido nas regiões Sul e Sudeste;
- Cipó-uva: Mel transparente, costuma agradar os consumidores por sua coloração e aroma, predominantemente produzido em áreas de Cerrado, em Minas Gerais;
- Bracatinga: Mel não-floral ou melato, produzido a partir de cochonilhas, insetos sugadores que secretam um líquido açucarado no tronco da Bracatinga, árvore nativa das regiões mais frias do Sul do Brasil. Sabor muito autêntico e peculiar, muito escuro e rico em minerais. É possível produzir mel das flores também, geralmente com sabor bem amargo.
Mel das abelhas sem ferrão
Mel mais fluido porque, em geral, possui 70% de açúcares. As abelhas sem ferrão costumam visitar diversos tipos de plantas ao mesmo tempo, por isso, a característica do mel é influenciada mais pelo tipo de abelha produtora do que pela espécie de planta visitada.
- Uruçu: Mel claro e amarelado, levemente ácido, produzido no Nordeste brasileiro;
- Mandaçaia: Mel claro, às vezes transparente, não é ácido, com sabor característico do material de construção usado nas colônias, produzido no Sul e no Sudeste;
- Jataí: Mel claro, levemente ácido, muito usado na cultura popular por suas propriedades medicinais, produzido no Brasil todo;
- Uruçu-amarela: Mel muito ácido, produzido no Pará, considerado o melhor mel do Brasil no concurso de mel organizado pela Ame-Rio no ano passado;
- Tiúba ou uruçu cinzenta: Mel muito doce, geralmente transparente, produzido no Maranhão e no Pará;
- Borá: Mel bastante peculiar, é levemente salgado e possui aroma que lembra o sabor de queijo, ótimo para temperar saladas. Produzido na região Sudeste;
- Jandaíra: Mel levemente ácido, usado na cultura nordestina como produto medicinal, produzido na região do Semi-árido do Rio Grande do Norte;
- Mandaguari: Mel levemente amargo e mais viscoso, produzido no Sul e Sudeste.