O Sistema de Informação Científica sobre Abelhas Neotropicais, plataforma de pesquisa para facilitar o acesso à informação científica disponível em diferentes sistemas on-line, recebe um novo acervo de peso: a Coleção Entomológica “Prof. J.M.F. Camargo” (RPSP), sediada no Departamento de Biologia da FFCLRP/USP.
Trata-se do mais completo acervo de Meliponini Neotropicais (abelhas sem ferrão), resultado de várias expedições ao Amazonas e demais espaços neotropicais e intercâmbio com museus do Brasil e exterior. A iniciativa de incorporar os dados na plataforma online teve o apoio da A.B.E.L.H.A. e do Instituto Tecnologico Vale.
Detalhes da coleção
A coleção, que começou a ser montada em 1965, inclui cerca de 250 mil espécimes de abelhas, dos quais mais de 150 mil são Meliponini. A maior parte dos espécimes está montada em alfinetes, e milhares de exemplares estão preservados em fixador (incluindo larvas, jovens e adultos, operárias, machos e rainhas), representando cerca de 1 mil ninhos estudados, além de constituir a única coleção com obras construídas pelas abelhas (peças de ninhos e cerca de 5.500 slides sobre a biologia do grupo).
A Coleção abriga também um excelente acervo de abelhas em geral, incluindo material de estudos sobre estrutura de comunidades (mais de 30.000 espécimes, contendo dados sobre fenologia), obtido em coletas sistemáticas em vários ecossistemas (campos rupestres, cerrados, desertos, ambientes modificados, etc.). A Coleção Camargo inclui mais de 1000 espécimes tipos, dos quais 81 são tipos primários.
O Sistema de Informação passa a integrar agoramais 3.200 imagens de 213 espécies do acervo RPSP, que já conta com o banco da fototeca do Prof. Cristiano Menezes, com 3.684 imagens de 63 espécies e 24 gêneros.
Saiba mais sobre o Sistema de Informação Científica sobre Abelhas Neotropicais, desenvolvido pela A.B.E.L.H.A. em parceria com o Centro de Referência em Informação Ambiental (CRIA).
Para mais informações sobre a importância do Prof. Camargo na pesquisa científica sobre abelhas sem ferrão, aqui há uma boa referência:um texto da Prof. Silvia Regina de Menezes Pedro, publicado na Revista Brasileira de Entomologia em 2009.