O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) realizou nos dias 25 e 26 de outubro, no auditório do MCTI em Brasília (DF), a apresentação de dez projetos contratados pela Chamada Pública MCTI/CNPq/Associação A.B.E.L.H.A. n.º 27/2021, no valor total de R$2,2 milhões. A chamada é uma ação conjunta entre o MCTI, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a Associação Brasileira de Estudo das Abelhas (A.B.E.L.H.A.), que visa o fomento a projetos de pesquisa científica, desenvolvimento tecnológico e inovação em temas relacionados aos polinizadores e aos serviços ecossistêmicos de polinização. Participaram da 1ª Reunião de Acompanhamento os parceiros da chamada e os coordenadores dos projetos selecionados para o “Marco Zero”.
Em sua fala, o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações Paulo Alvim destacou que o país precisa muito da apicultura, e quando se olha a diversidade de biomas que temos, é possível enxergar a possibilidade de uma policultura atrelada ao bioma. Também segundo ele, é uma área de pesquisa que pode dar uma contribuição fundamental e transbordante para as áreas de medicamentos, cosméticos e para área de alimentação.
O programa promove o desenvolvimento de produtos, materiais, insumos, conhecimentos, tecnologias e serviços para essas cadeias produtivas, contribuindo com o desenvolvimento sustentável de populações em todos os biomas brasileiros, divididos em quatro linhas de pesquisa: I – Produtos, insumos e serviços para apicultura e meliponicultora; II-Produtos advindos da apicultura e meliponicultora; III – Serviços de polinização em culturas de interesse econômico; IV – Levantamento da biodiversidade e valoração dos serviços ecossistêmicos de polinizadores.
Saiba mais sobre a Chamada Pública MCTI/CNPq/Associação A.B.E.L.H.A. n.º 27/2021.
O secretário de Pesquisa e Formação Científica do MCTI, Marcelo Morales, contou que a chamada é uma parceria inédita e inovadora que deu certo entre o setor privado e o setor produtivo da ciência, e essa segunda chamada traz uma nova perspectiva e desenvolvimento de serviços e policultura.
Já o presidente do CNPq/MCTI, Evaldo Vilela, disse que o poder do fomento é espetacular, porque ele ajuda a direcionar a pesquisa nacional, e ajuda o pesquisador encontrar melhor caminho, já que, sem financiamento, não é possível fazer ciência, tecnologia e inovação.
Para a diretora-executiva da A.B.E.L.H.A, Ana Assad, existe um envolvimento de várias áreas de desenvolvimento e isso mostra como é importante a união de várias áreas para beneficiar o consumidor e o produtor. A forma de divulgação dos resultados não é somente pelo artigo científico, mas levar à sociedade, de modo geral, os resultados que estão sendo gerados no campo, como a melhoria na produtividade. A pesquisadora ressaltou que levar os resultados para a sociedade na totalidade mostra o quão importante é o apoio à ciência, à tecnologia e à inovação, e as parcerias público-privadas são relevantes.
O Programa Cadeias Produtivas da Bioeconomia MCTI visa fomentar a pesquisa científica, o desenvolvimento tecnológico e a inovação para a promoção e agregação de valor em cadeias produtivas da biodiversidade brasileira. Considerando a sua sustentabilidade e a melhoria da qualidade de vida da população que dela dependem. Para tanto, foca seus esforços no desenvolvimento de novos produtos, insumos, materiais e serviços a partir para essas cadeias, contribuindo com o desenvolvimento sustentável de populações em todos os biomas brasileiros.
Fonte: MCTI