A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e o Museu do Amanhã, por meio do Instituto de Desenvolvimento e Gestão (IDG), assinaram nesta terça-feira (6) um acordo para realizar atividades conjuntas. As ações que terão duração de dois anos estarão voltadas para as áreas de segurança alimentar, agricultura e principalmente o desenvolvimento sustentável.
“O Museu do amanhã é um espaço muito importante para a disseminação de informações técnicas desenvolvidas pela FAO. A agenda do futuro traz desafios relevantes e que a sociedade global precisa debater, como as mudanças ambientais e climáticas, a produção e o acesso sustentável dos alimentos, a preservação dos recursos naturais e a garantia efetiva da segurança alimentar para todos”, ressaltou o representante da FAO no Brasil, Alan Bojanic. “Alinhar esses temas é fundamental e envolver diversos atores nesse processo, como o Museu, se torna um caminho que pode render excelentes frutos.”
Para o diretor-geral do Museu, Ricardo Piquet, a parceria com a FAO vai contribuir para alavancar debates produtivos sobre a sustentabilidade. “Essa é uma parceria muito importante para o Museu do Amanhã, que tem a sustentabilidade entre seus pilares éticos. Precisamos entender a sustentabilidade sobre seus mais diferentes aspectos nos quais certamente se incluem a alimentação, os esforços para minimizar o impacto ambiental do seu processo produtivo, da logística de distribuição e do desperdício”, disse Ricardo.
“Esses são temas da maior relevância que suscitam discussões profundas em que esperamos ter voz ativa, promovendo debates e incentivando ações a partir de dados valiosos fornecidos pela FAO”, acrescentou o Museu do Amanhã.
Ecos da Rio-92
A assinatura do acordo foi realizada durante o evento “Ecos da Rio-92: 25 anos depois”. Com a dinâmica de debates, o evento reuniu atores importantes que participaram da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, mais conhecida como Eco-92.
Sediada no Rio de Janeiro no começo de junho de 1992, a Conferência reuniu 117 chefes de estado e levantou questões ambientais relevantes para a agenda global.
Entre os principais resultados da Eco-92 estão o documento da Agenda 21, um roteiro para países, estados e cidades de como crescer e ao mesmo tempo resolver problemas ambientais e sociais; a criação da Convenção do Clima e da Convenção para a Biodiversidade, e também indicativos para a Convenção de Combate à Desertificação.
Na atividade desta terça-feira (6), os participantes abordaram quais mudanças foram efetivadas e os desafios que ainda permeiam as questões levantadas durante a Eco-92.
“Temas como mudanças climáticas e ambientais, produção sustentável e a preocupação com o uso dos recursos naturais, são ainda muito atuais mesmo 25 anos depois dos debates da Eco-92 e de certa forma se intensificaram nos últimos anos. A ONU estabeleceu as metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) em 2015 que aponta uma série de mudanças que devem ser adotadas no mundo, como por exemplo, eliminar por completo a insegurança alimentar até 2030”, disse Alan Bojanic durante o evento.
“A chamada Agenda 2030 deve ser inserida nas ações de governo e também no seio das sociedades. É necessário agir rápido para evitar o agravamento de problemas já recorrentes na atualidade”, acrescentou o representante da FAO.
Fonte: ONU-BR