Entre os muitos espaços da Emater na Expodireto Cotrijal, realizada em março, no Rio Grande do Sul, um dos mais movimentados foi um pequeno reduto entre árvores bem ao fundo do parque. É lá que a entidade divulgou os benefícios da união da agricultura com a meliponicultura, ou a criação de abelhas sem ferrão.
De acordo com o engenheiro Agrônomo da Emater-RS/Ascar, Antônio Altíssimo, especializado no segmento, como as abelhas sem ferrão são menores, tendem a fazer uma melhor polinização de plantas, hortaliças e frutas.
Os benefícios em produtividade e qualidade se dão em todas as culturas, garante o técnico. “Um bom exemplo é o trabalho que fizemos voltado ao morango. Alguns produtores estavam com problemas com frutos disformes, feios, e acreditavam que era ação de fungos. Ao inserirmos colmeias na plantação, os frutos começaram a vir perfeitos”, comemora Altíssimo, destacando a espécie Jataí entre as opções de inseto.
O benefício, diz o engenheiro agrônomo, se deve ao fato de que o morango precisa ser bem polinizado para que fique uniforme, e com mais abelhas entre as frutas, o problema foi resolvido. Em média, diz Altíssimo, se recomenda uma colmeia a cada 200 metros quadrados de cultivo.
Unir abelhas e agricultura tem enormes benefícios e ganhos e baixo custo. O engenheiro da Emater avalia que o custo pode ser bastante reduzido, já que a colmeia pode ser feita artesanalmente ou comprada por, no máximo, R$ 200,00. “Por isso intensificamos esse trabalho de divulgação da meliponicultura em feiras e eventos há cerca de dois anos”, descreve Altíssimo.
Fonte: Jornal do Comércio – Thiago Copetti
Crédito da imagem em destaque: Cristiano Menezes