Os dez anos da cooperação internacional em Ciência, Tecnologia e Inovação entre o Brasil e a União Europeia foram debatidos em um evento na terça-feira, 4 de dezembro, na sede do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), em Brasília.
Com a presença de representantes das agências de fomento federais e estaduais brasileiras e da comunidade da união europeia, o encontro aconteceu durante todo o dia com o objetivo de mostrar a cooperação estratégica UE-Brasil em CT&I e disseminar as oportunidades existentes no âmbito do programa europeu Horizon 2020. O evento aproveitou também para traçar os futuros caminhos de cooperação no âmbito do programa, ainda em construção, Horizon Europe. A A.B.E.L.H.A. também esteve presente.
O potencial entre as nações envolvidas nesses campos de desenvolvimento foi exaltado pelas autoridades presentes na abertura do evento. Segundo Cristina Russo, Diretora para Cooperação Internacional de Pesquisa e Inovação da Comissão Europeia, o Brasil é o segundo país com maior participação no programa Horizon 2020, com 151 projetos. “É um bom resultado, mas queremos fazer mais”, ressaltou.
A diretora lembrou do acordo assinado em maio deste ano, em Bruxelas, entre a Comissão Europeia e o Brasil, por meio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), da Empresa Brasileira de Inovação e Pesquisa (Finep) e do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap), para apontar a perspectiva de ampliação da cooperação. “Quero voltar no ano que vem e anunciar que o Brasil é o primeiro país em projetos”, anunciou.
O presidente do CNPq, Mario Neto Borges, apontou que a internacionalização da ciência é mais que uma união de recursos financeiros. Segundo ele, é uma união de esforços que acelera o desenvolvimento científico e potencializa a produção de conhecimento. “Este é um evento histórico”, pontuou Mario Neto.
O intercâmbio de conhecimento promovido pela cooperação internacional também foi ressaltado pelo Secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento, Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Álvaro Prata. Para ele, apoiar em boas referências e buscar exemplos bem-sucedidos é o caminho para que a ciência atue cada vez mais no desenvolvimento econômico e social do país e a União Europeia é uma dessas referências positivas. “Temos a ambição de ampliar a pauta, com diferentes áreas a serem exploradas”, afirmou.
A presidente do Confap, Maria Zaíra Turchi celebrou a presença de representantes de 23 fundações estaduais de amparo à pesquisa (FAP) e ressaltou os esforços já realizados para o fomento de projetos das FAPs com a Comissão Europeia alinhados aos desafios globais. Turchi exemplificou essas ações com a chamada em parceria com a Water Joint Programmimg Initiative (Water JPI), com duas chamadas já lançadas em 16 FAPs envolvidas. “Este encontro confirma a intenção de continuarmos e reforçarmos a cooperação”, afirmou.
Fonte: CNPq
Crédito da imagem em destaque: CNPq