Um dos manejos que pode ser realizado pelos apicultores para evitar que as abelhas de suas colmeias entrem em contato direto com os produtos pulverizados em lavouras é o fechamento das colmeias antes, durante e algum tempo após a pulverização para evitar a movimentação das abelhas. No entanto, enxames populosos confinados podem ter alta mortalidade, para isso é importante um equipamento eficiente que mantenha a temperatura adequada no interior da colmeia, boa ventilação e evite a deriva e saída de abelhas.
Sendo assim, o objetivo deste projeto é desenvolver e avaliar uma capa protetora para ser utilizada na colmeia do tipo Langstroth, usada para a criação da abelha africanizada (Apis mellifera), que seja funcional, barata, resistente e proporcione um ambiente adequado para as abelhas enquanto estiverem confinadas. A capa auxiliará os apicultores no manejo das colmeias visando prevenir a morte de abelhas ao evitar que entrem em contato direto com os produtos pulverizados.
O projeto será conduzido em 18 meses no Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS Campus Ibirubá), em parceria com apicultores, e está dividido em três etapas. Na primeira etapa serão desenvolvidos modelos de capa, baseado no levantamento do que existe disponível no mercado. Após o desenvolvimento, será realizada a validação do melhor modelo em comparação a tela de alvado, considerando as seguintes variáveis: não permitir a movimentação das abelhas, evitar o contato de abelhas externas a colmeia com abelhas na parte interna, morte das operárias por ferroar a capa, temperatura e umidade no interior da colmeia, peso das colmeias antes e após o confinamento e o comportamento da colônia relacionado ao número de dias confinada. A última etapa envolverá a divulgação dos resultados na forma de artigos e participação em eventos e, principalmente aos apicultores, para amplo uso.