As mudanças climáticas estão matando as borboletas inglesas. De acordo com estudo publicado na revista Nature Climate Change, seis espécies do inseto sensíveis a secas provavelmente intensificadas pelas emissões de gás carbônico podem ser extintas antes de 2050.
A queda drástica de insetos como as borboletas e abelhas, fundamentais para a polinização de frutas, verduras e legumes, abre a possibilidade da redução da produção desses vegetais, com graves consequências para o abastecimento de alimentos em todo o mundo.
Para realizar a análise, os pesquisadores do Centro de Ecologia e Hidrologia de Oxfordshire utilizaram a seca de 1995, uma das piores que já aconteceram no Reino Unido, como base. Eles monitoraram 28 espécies de borboletas de 129 lugares diferentes.
De acordo com os especialistas, a falta d’água reduziu drasticamente as populações dos insetos. Por meio de modelos estatísticos, os pesquisadores previram cenários reais de seca, que podem retornar ainda piores e com mais frequência, e identificaram seis espécies que poderão ser extintas caso não haja a diminuição da emissão de carbono e a readaptação desses insetos no habitat natural.
No entanto, se os cortes acontecerem, afirma o estudo, a probabilidade de sobrevivência das borboletas aumenta 50%.
Equilíbrio ambiental
A preocupação dos cientistas é devido aos serviços que as borboletas prestam ao ambiente. Esses insetos, assim como abelhas, libélulas e besouros, ajudam na reprodução dos vegetais, eliminação de pragas e decomposição de matéria orgânica. Com a extinção das espécies, essas atividades ficariam prejudicadas, causando desequilíbrios ambientais que podem afetar diretamente os seres humanos, como a queda da produção de lavouras e cultivos agrícolas.
Fonte: Veja.com