Associação A.B.E.L.H.A. nasce com o objetivo de contribuir para a conservação de abelhas e outros polinizadores

 

Associação A.B.E.L.H.A. nasce com o objetivo de contribuir para a conservação de abelhas e outros polinizadores

Iniciativa pioneira incentiva o diálogo e o compartilhamento de informações relevantes sobre o tema

 

São Paulo, 7 de abril de 2015 – Lançada oficialmente nesta terça-feira, a Associação Brasileira de Estudo das Abelhas – A.B.E.L.H.A. tem a missão de reunir, em uma mesma rede, os diversos interessados na conservação das abelhas e outros polinizadores do Brasil, além de aprofundar o conhecimento sobre a importância desses insetos para a produção de alimentos (incluindo culturas agrícolas, frutíferas e mel) e a conservação ambiental.

Para tanto, a associação mantém um Conselho Científico que congrega pesquisadores de diversas instituições, entre elas, Embrapa, Universidade de São Paulo, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Universidade Federal do Ceará e Pontifícia Universidade Católica (PUC do Rio Grande do Sul.

“A associação tem o papel fundamental de consolidar dados e estudos sobre polinizadores, com base técnica e científica, que contribuam para aprofundar o conhecimento sobre a importância das abelhas para a produção de alimentos e a conservação ambiental”, afirma Ana Lucia Assad, diretora-executiva da A.B.E.L.H.A. “Nosso trabalho está voltado para a disseminação de conhecimento sobre a função dos polinizadores na biodiversidade e sobre a convivência harmônica e sustentável desses insetos com as diferentes culturas agrícolas”.

A iniciativa conta com representantes de universidades, empresas, consultorias e associações. Entre eles, Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (ABRAPA), Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG), Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), Associação Nacional da Defesa Vegetal (ANDEF), Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal (Sindiveg), Bayer, BASF e Syngenta.

 

Polinizadores

A polinização realizada por animais é responsável por, aproximadamente, 35% dos alimentos consumidos mundialmente. A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) estima que 73% das espécies vegetais cultivadas no mundo sejam polinizadas por alguma espécie de abelha.

A polinização é também um serviço ambiental que permite a manutenção da biodiversidade, além de ser essencial para a produção de diversos alimentos. Assim, a conservação dos polinizadores se faz necessária para o aumento sustentável da produtividade agrícola brasileira, já que os frutos e sementes estão na base da cadeia alimentar.

Ainda é importante lembrar o papel central da polinização no cenário agrícola. Nos Estados Unidos, onde há uma demanda regularizada por esses serviços, estima-se em US$ 4,1 bilhões de dólares por ano o valor da polinização realizada apenas por abelhas nativas.

No Brasil, entretanto, existe demanda por este serviço para algumas culturas, mas ainda necessitamos de estudos sobre a representatividade e tamanho desse mercado.

 

Mel e subprodutos

 

Em 2009, o Brasil chegou a ocupar o quarto lugar no ranking dos maiores exportadores de mel. Nos anos seguintes, em razão da seca em algumas regiões, a produção caiu e em 2012 o país chegou à décima posição. Apesar das dificuldades, os prognósticos para a atividade são extremamente positivos, pois poucos países no mundo reúnem condições ambientais e climáticas tão favoráveis para a produção de mel e os outros produtos derivados.

O Brasil conta com aproximadamente 250 espécies de abelhas pertencentes à tribo Meliponini, chamadas popularmente de abelhas sem ferrão. Algumas destas espécies são criadas para a produção de mel, que tem sido cada vez mais valorizado para fins gastronômicos.

A meliponicultura, além de permitir a produção dos diversos tipos de mel, ainda contribui para a conservação das diferentes espécies. No Nordeste brasileiro, em especial nos estados do Maranhão, Rio Grande do Norte e Pernambuco, há diversos polos bem sucedidos de meliponicultura que usam espécies locais como a tiúba, a jandaíra e a uruçu.

O mel produzido pelas abelhas pode ser encontrado em muitas variedades, que diferem entre si por características como a cor, o aroma e o sabor, além da viscosidade e da densidade.

 

 

Outras novidades da A.B.E.L.H.A.:

 

Portal – www.abelha.org.br

 

A associação desenvolveu um novo portal, que reúne informações – com base científica – relacionadas a abelhas, apicultura, meliponicultura, relação dos polinizadores com a agricultura, entre outros temas ligados a esse universo. O objetivo é que o portal seja fonte de informação e agente de conscientização para a sociedade (incluindo jornalistas, pesquisadores, professores e estudantes). Ao longo do ano, novos conteúdos já estão programados, incluindo o Canal Científico, que vai reunir materiais de interesse de pesquisadores e estudantes.

 

E-book – “Agricultura e Polinizadores”

 

A A.B.E.L.H.A. lança o e-book “Agricultura e Polinizadores”, que reúne assuntos que promovem a construção da coexistência da produção agrícola e a preservação da biodiversidade. Escrito por seis pesquisadores de importantes instituições brasileiras, o trabalho tem como proposta estimular o diálogo e o intercâmbio de conhecimento que envolve a polinização, a produção agrícola e a proteção à biodiversidade.

 

O livro, organizado pela A.B.E.L.H.A., está disponível em PDF no portal (clique aqui para fazer o download)

 

Georreferenciamento

 

A A.B.E.L.H.A está desenvolvendo um projeto de georreferenciamento que irá mapear os principais polos críticos para a apicultura nacional e será iniciado no estado de São Paulo. Com este projeto, a associação irá contribuir para que apicultores e agricultores conheçam melhor os entornos de suas produções e tenham informações relevantes para suas atividades.

Além de gerar imagens georreferenciadas, fundamental para o aprofundamento no dia a dia do apicultor, o projeto irá estimular a interação da A.B.E.L.H.A. com diversas associações estaduais de apicultores. Tal conhecimento poderá, futuramente, gerar programas que visem à saúde dos polinizadores.

 

Sobre a A.B.E.L.H.A.

 

A Associação Brasileira de Estudo das Abelhas (A.B.E.L.H.A.) é uma organização sem fins lucrativos, cuja principal missão é reunir, produzir e divulgar informações – com base científica e a colaboração de uma rede de parceiros – que visem à preservação das abelhas e outros polinizadores no Brasil, promovendo seu papel na biodiversidade e a convivência harmônica e sustentável com as diferentes culturas agrícolas.

 

Bio – Ana Lucia Assad

ana2-pqAna Lucia Delgado Assad – Economista com doutorado em Politica Científica e Tecnológica pela UNICAMP. Coordenou a área de Biotecnologia e Saúde do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação nos períodos de 1991 a 1996 e de 2000 a julho de 2004.  Coordenadora Geral de Cooperação Nacional da Diretoria de Cooperação Institucional do CNPq de 2009 a fevereiro de 2012, e chefe da Assessoria dos Fundos Setoriais do MCTI de agosto de 2012 a maio de 2014. É professora convidada do curso de Mestrado e Doutorado em Biotecnologia da Universidade Federal do Amazonas e professora licenciada da Universidade Católica de Brasília.  Possui experiência no setor privado na área de gestão da inovação e de projetos de pesquisa e inovação em temas como biotecnologia, biodiversidade e gestão de projetos de P&D. Participa de Comissões e Comitês de avaliação institucional e de projetos relacionados a biotecnologia, uso da biodiversidade e gestão da inovação.

 

 

Para mais informações acesse: www.abelha.org.br

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