Uma colmeia produz, em média, 18 quilos de mel. Entretanto, com o correto manejo da atividade a rentabilidade sobe exponencialmente, podendo atingir uma produção de 120 quilos do produto. A informação é do médico veterinário, Gustavo Bijos, que ministra aulas sobre o tema no Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso do Sul (Senar/MS).
Para o instrutor, a apicultura é uma alternativa de renda e de diversificação da propriedade. “A atual produção de mel do País é insuficiente para atender a demanda interna, então considero um mercado em potencial para ser explorado pelo setor produtivo”, ressalta Bijos.
Segundo o especialista, que é também presidente da Feams – Federação dos Apicultores de Mato Grosso do Sul, a atividade além da alta rentabilidade apresenta uma recuperação do investimento em curto prazo. “O produtor recupera entre 2 e 2 anos e meio o valor gasto inicialmente”, afirma Bijos ao destacar que Mato Grosso do Sul é referência nacional em manejo e governança.
Para quem está na atividade ou para quem quer começar, o instrutor do Senar/MS reforça três dicas de correto manejo. A primeira é a troca anual de rainha, cujo valor gira em torno de R$ 40. “Somente este simples procedimento eleva em 50% a produtividade. A segunda, refere-se à nutrição. “A alimentação artificial, adequada e sequenciada, iniciada no tempo correto e na quantidade suficiente, otimiza a produção de forma satisfatória”, ressalta.
A terceira orientação é sobre a adequação de espaços das colmeias. “Quando a quantidade de abelhas é pequena, diminui-se o espaço interno disponível. Quando há muitos insetos, aumenta-se a área”.
De acordo com as informações disponibilizadas pelo Senar/MS, foram realizados em Mato Grosso do Sul mais de 65 cursos ligados à apicultura, de produção de pólen à criação e manejo de abelhas indígenas sem ferrão, alcançando mais de 470 pessoas.
Fonte: Senar/MS