Apicultores chegam a produzir 400 toneladas anuais de mel no Espírito Santo

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A apicultura é uma das poucas atividades no campo que não têm sofrido com a crise hídrica no Espírito Santo. O Projeto de Apicultura do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Espírito Santo (Sebrae-ES), conhecido também como Rede Apes, atende apicultores que chegam a produzir 400 toneladas de mel por ano e mantém alta a produção mesmo nos períodos de seca. O que era visto antes apenas como um hobby, atualmente tem sido responsável pela fonte de renda das famílias.

O apicultor Igecimar Basílio de Oliveira, de Ecoporanga, região norte do Estado, informa que 2015 é um ano para colher bons resultados. “Vou fazer uma colheita este ano como eu nunca fiz. Em cada colmeia devo colher 50% a mais que ano passado”, afirmou.

Segundo Igecimar, a falta de chuva favoreceu a produção de mel. “A abelha trabalha mais quando está com o tempo firme e quando há florada. Como isso aconteceu este ano, nossa colheita está muito boa”, explicou, enfatizando a importância do projeto do Sebrae. “Sem a instituição acho que nem estaria no ramo. Recebemos consultoria e apoio para mantermos nosso empreendimento com resultados satisfatórios”, concluiu.

De acordo com o superintendente do Sebrae ES, José Eugênio Vieira, há avanços dos empreendedores do projeto. “Percebemos que ocorreu uma grande evolução por parte dos produtores, no início eles tinham um perfil de muita dependência das instituições parceiras do projeto para poderem caminhar, atualmente o grupo está mais independente e organizado em associações e em uma federação estadual”, afirmou.

Vieira afirma que o nível de amadurecimento do grupo está proporcionando atuar de forma coletiva nas vendas de produtos apícolas e na compra de equipamentos, materiais, ferramentas e insumos, com o objetivo de aumentar a produtividade e reduzir os custos de produção. “Todo este trabalho é realizado por meio de parcerias com instituições públicas e privadas, para que o apicultor tenha lucro com a atividade e sinta-se motivado em continuar trabalhando com a apicultura”, ponderou José Eugênio Vieira.

Os agricultores têm percebido a importância da apicultura e o quanto ela pode ser rentável, pois além da extração do mel, pólem, própolis, cera, o agricultor familiar pode fabricar produtos da agroindústria à base de mel ou da cera de abelha para aumentar o valor agregado da sua produção. Com isso, complementa a renda familiar por meio desta atividade. Após beneficiada, a matéria-prima pode se transformar em sabonetes, velas, extrato de própolis, mel composto, pão de mel etc.

A Rede Apes é realizada pelo Sebrae ES, em parceria com a Fibria Celulose S/A através do Programa Colmeias, Ifes, Seag, Incaper, Idaf, Faes/Senar, Instituto Saviesa, Ministério da Integração Nacional, Federação Capixaba das Associações de Apicultores (Fecapis) e  Prefeituras Municipais.

 

Fonte: Agência Sebrae