Medo de tomar ferroada? Que nada. Na Edem, escola localizada em Laranjeiras, próxima a uma área da Mata Atlântica, os alunos aprenderam que nem toda abelha tem ferrão.
Por meio de um projeto desenvolvido pelo professor de Ciências Tito Tortori junto aos alunos do 8º ano do ensino fundamental teve início a implantação de um meliponário na escola.
“Apiário é o lugar onde criamos as abelhas europeias, aquelas que têm ferrão e que em geral assustam as pessoas. Tem esse nome porque é uma abelha da espécie Apis mellifera. Foram trazidas de fora, não existiam no Brasil. Meliponário é o lugar onde criamos as abelhas nativas, as que não têm ferrão. São da família das meliponas. Jataí, iraí e Plebeia droryana são algumas dessas espécies”, explica Tortori.
Em 2009, quando a escola foi para um novo espaço físico, o professor notou que pais, alunos e alguns professores se preocupavam com a proximidade das abelhas. Havia receio de que alguém fosse picado. Por isso, espantavam os bichinhos ou acabavam com suas moradias. Foi então que Tortori pensou no projeto. Espalhou garrafas pet pelos jardins da escola e, assim, começou a criar espaços para que ali as abelhas fizessem suas colmeias. Adaptadas para essa finalidade, as garrafas pet são chamadas de “iscas pet”. Depois, as abelhas são passadas para caixas de madeira.
“Como as abelhas são as principais polinizadoras do mundo, são fundamentais para que gerem frutos de muitos legumes e frutas. A laranja, o maracujá e o tomate, por exemplo, se não forem polinizados, não produzem frutos. Nesse sentido, além de cuidarmos da preservação das abelhas, desenvolvemos a consciência ecológica nos alunos, mostrando que tudo se relaciona.”
Fonte: O Globo – Dani Maia
Crédito da imagem: FCM