A Associação Brasileira de Estudo das Abelhas (A.B.E.L.H.A.) esteve presente no Conbrapi 2018 – 22º Congresso Brasileiro de Apicultura e 8º Congresso Brasileiro de Meliponicultura, realizado de 16 a 19 de maio, em Joinville (SC).
Na quinta-feira, primeiro dia de debates, diversos temas foram discutidos. Bem equilibrado na escolha dos assuntos, o congresso traz informações práticas para apicultores e meliponicultores, discute questões legislatórias importantes no atual momento da produção de mel no Brasil e abre espaço para a troca e o compartilhamento de conhecimento científico entre acadêmicos e apicultores.
Foram 60 eventos, como mesas redondas, palestras, cursos e oficinas, contando com cerca de 100 palestrantes oriundos de diversas instituições do país e exterior.
Entre os temas discutidos, estavam questões sobre sanidade das abelhas sem ferrão – uma das mesas com a participação do biólogo Cristiano Menezes, da Embrapa Amazônia Oriental e consultor da A.B.E.L.H.A. – e pontos relevantes sobre flora para abelhas – que incluiu outro conselheiro da Associação, o engenheiro agrônomo Breno Freitas, da Universidade Federal do Ceará.
“Fizemos questão de marcar presença no maior evento apícola e de meliponicultura do Brasil, seja apoiando pesquisadores e produtores que estão divulgando e compartilhando resultados de seus trabalhos, seja acompanhando as palestras e ouvindo as principais demandas dos diversos segmentos do setor”, comenta Ana Assad, diretora-executiva da A.B.E.L.H.A. “A nossa presença está alinhada com a nossa missão de disseminação de informações científicas que possam colaborar para a profissionalização do setor e para a conservação das abelhas.”
A situação sanitária dos apiários brasileiros recebeu atenção especial da organização, que pautou três mesas redondas com esse tema no primeiro dia de debates. Uma delas sobre o perigo do besouro Aethina tumida, que nas últimas décadas migrou da África para diversos continentes, causando grandes prejuízos na apicultura de diversos países, como EUA, Canadá, Itália, Austrália, entre outros. Desde 2015, a presença do besouro vem sendo registrada no Brasil, principalmente em São Paulo e Rio de Janeiro. A Associação A.B.E.L.H.A. patrocinou a vinda do biólogo holandês naturalizado brasileiro David de Jong, um dos maiores estudiosos do ácaro varroa e que agora empresta o seu conhecimento para ajudar pesquisadores e autoridades brasileiras e norte-americanas a lidarem com a ameaça.
A A.B.E.L.H.A. levou ainda para divulgação, na sessão de painéis, cinco estudos e projetos científicos desenvolvidos com seu apoio e coordenação. No primeiro dia, foi apresentado o trabalho sobre os ganhos que o manejo apícola podem garantir aos produtores, estudo de campo conduzido pela bióloga Katia Aleixo. Os demais foram apresentados no segundo dia do evento.
De quebra, a A.B.E.L.H.A. foi ganhadora de uma honraria: o livro “A Abelha jandaíra no passado, no presente e no futuro” foi premiado no Concurso de Obras do Conbrapi 2018.
Veja também na TV A.B.E.L.H.A. as entrevistas que nossa equipe produziu no Conbrapi 2018.