Pesquisa da Embrapa busca diversificar a produção apícola

 

A Embrapa Meio-Norte está trabalhando para estabelecer uma plataforma de incentivo e orientação aos apicultores do Piauí e do Maranhão para diversificar a produção com própolis e pólen. O objetivo é aumentar a renda e gerar mais emprego. Uma equipe de quatro pesquisadores liderada pela cientista Maria Teresa do Rêgo está avaliando a qualidade e o potencial dos produtos apícolas nos biomas caatinga, transição caatinga-cerrado, mata seca-cerrado e mata de cocais.

É uma ação pioneira nos Estados. O trabalho consiste na coleta de própolis e pólen, nas colmeias, com um coletor próprio para cada produto. Em seguida, o material é pesado e armazenado para posterior análise de qualidade físico-química, exigida pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

As análises de própolis são feitas no Laboratório de Controle de Qualidade de Produtos Apícolas da Unidade, em Teresina. Já as análises físico-químicas do pólen ainda dependem da instalação de novos equipamentos e de treinamento dos técnicos.

As pesquisas começaram em 2010, no município de Castelo do Piauí. O trabalho avançou para os municípios de Campo Maior e São João do Piauí, além de Teresina, na época seca, onde já foi concluído, e será repetido no período chuvoso.  O estudo está sendo realizado agora nos município de São dos Patos, no Maranhão, e Guadalupe, no Piauí.

Com grande espaço no mercado internacional, a própolis é uma resina colhida nas árvores pelas abelhas. Ela tem cor que varia entre amarelada, parda, vermelho escuro, verde limão, café e cinza esverdeada. O uso dessa resina pelas abelhas, segundo Maria Teresa do Rêgo, “está relacionado à proteção das colônias”. É um produto higienizador, que evita a contaminação dos ninhos. A própolis tem propriedades bactericidas, antifúngicas, antioxidantes e cicatrizantes.

Gameta masculino das flores, o pólen apícola é um produto rico em proteínas, minerais e vitaminas. Ele é usado pelas abelhas na fase larval e pelas abelhas adultas com até 18 dias de idade. Maria Teresa do Rêgo destaca que o pólen, por ter alto valor nutritivo, “é usado pelo homem como suplemento alimentar e comercializado em misturas com mel, em capsulas ou tabletes”.

Fonte: Embrapa