Oficina sobre criação de abelhas sem ferrão é ministrada em Belém

curso Embrapa Belém - Crédito Ronaldo Rosa
Crédito: Ronaldo Rosa

Técnicos de extensão rural do Instituto Peabiru e agricultores familiares do assentamento Abril Vermelho participaram da Oficina de Meliponicultura “Conhecendo as abelhas nativas sem ferrão”, que a Embrapa Amazônia Oriental realizou na última semana, em Belém.

A formação faz parte do projeto Meliponicultura & Educação Ambiental, que desta vez, reuniu os agentes multiplicadores e público final, os agricultores, garantindo um treinamento mais participativo, aliando teoria à pratica, em benefício direto para a sociedade.

O pesquisador Cristiano Menezes, responsável pelo projeto, explicou que, embora sejam oficinas distintas, elas se complementam. Para os técnicos do Peabiru, as oficinas têm o intuito de aprimorar as habilidades para a transferência de tecnologia, levando o fruto da pesquisa da Embrapa direto às comunidades de agricultores atendidas pelo instituto. Já os assentados participaram da oficina de sensibilização para a meliponicultura, que é a criação de abelhas sem ferrão. “Nesse curso decidimos unir os dois públicos, os multiplicados e os agricultores, para enriquecer a formação e torná-la mais interativa”, afirma Cristiano.

Experiência que está senda aproveitada pela engenheira florestal Paula Vanessa Silva, gerente de projetos do Instituto Peabiru. Paula conta que o projeto faz o acompanhamento e extensão rural em cinco reservas agroextrativistas no arquipélago do Marajó e outros 11 assentamentos na Região Metropolitana de Belém. “Para o Peabiru, a criação de abelhas nativas é estratégica, pois perpassa por vários temas a serem trabalhados nas comunidades, como educação ambiental, ecologia das espécies e os serviços de polinização, além de organização social”, afirmou.

Paula lembrou ainda que ao iniciar a discussão sobre abelhas nativas, muitos agricultores se surpreendem com a utilização desse inseto não só para a produção de mel, mas para a polinização de frutas de demais plantas. “Para muitos agricultores, as abelhas sem ferrão ainda são novidade e conhecem apenas o manejo da abelha apis, com ferrão. Essa formação vai nos aproximar da Embrapa e suas tecnologias, como também qualificar nossa atuação junto às comunidades”, comentou.

Na oficina, técnicos e agricultores são apresentados a teoria e prática sobre ao manejo das abelhas, com temas que vão desde a biologia dos insetos, modelos de caixas de criação, transferência e divisão de colmeias, alimentação, além de colheita e pós-colheita do mel. As atividades ocorrem dentro de um grande laboratório a céu aberto instalado na sede da Embrapa, em Belém, conhecido como Meliponário Iratama.

O projeto Meliponicultura &Educação também atua na utilização das abelhas sem ferrão para a conscientização ambiental de crianças e adolescentes em parceria com o projeto Embrapa&Escola, no qual recebe visitas monitoradas, previamente agendadas, de alunos dos ensino fundamental e médio, nas trilhas lúdico-pedagógicas do Meliponário Iratama.

Fonte: Embrapa – Kélem Cabral