Insetos invasores custam ao homem US$ 77 bilhões anuais

Os insetos invasores têm um custo anual estimado para a humanidade de cerca de US$ 77 bilhões, quantidade que crescerá com o aumento da mudança climática e o comércio internacional, de acordo com estudo conduzido pela Universidade de Adelaide, na Austrália.

São considerados insetos invasores aqueles introduzidos pelo ser humano em lugares fora de sua área de distribuição natural e que conseguiram se estabelecer e se dipersar em uma nova região, onde são danosos.

O documento permitiu elaborar o primeiro banco de dados dos custos econômicos causados pela presença de insetos invasores, mas subestima a quantia total pela escassez de dados e de pesquisa na África e América do Sul.

Os cientistas acreditam que uma atualização dos dados poderia elevar a estimativa do custo anual até os US$ 270 bilhões. “A maior parte dos danos à indústria humana ocorre na agricultura e na silvicultura. Há danos e perdas na produção, mas também há custos por limpeza, erradicação e prevenção”, disse o autor do relatório, o pesquisador Corey Bradshaw, da faculdade de Biologia da Universidade de Adelaide em comunicado.

O biólogo Bradshaw apontou que além disso são gastas somas milionárias na prevenção de doenças infecciosas como dengue, o vírus do Nilo ocidental e a chikungunya, que são propagadas por insetos.

O estudo, do qual também participou o francês Centro Nacional de Pesquisa Científica e a Universidade Paris-Sul, integra a quase totalidade do custo mundial anual, ou cerca US$ 70 bilhões, no setor de bens e serviços. O restante, ou cerca de US$ 6,9 bilhões, corresponde à saúde, segundo a pesquisa publicada na revista científica Nature Communications.

Entre os insetos que geram os maiores despesas sobressaem os cupins de Formosa (Coptotermes formosanus), que provêm da Ásia oriental e são capazes de comer 400 gramas de madeira ao dia, e a Mariposa-cigana (Lymantria díspar), da Eurásia, a mais destrutiva das pragas de árvores de madeira dura.

Fonte: Revista Globo Rural e Agência EFE