Embrapa realiza primeira fase de curso de remoção de enxames

Em busca de proteção à comunidade e à conservação da apicultura, a Embrapa Clima Temperado (Pelotas, RS) realizou no início deste mês uma qualificação que envolveu cerca de 40 participantes, interessados em se capacitar para realizar a retirada de enxames de abelhas mal localizados, no Curso de Remoção de Enxames Mal Alojados – Brigada Apícola, com aperfeiçoamento teórico e prático, nas dependências da Estação Experimental de Cascata (EEC) e na Sede da própria Embrapa, na BR 392, Km 78. O curso voltado para um público interno, também contou com a participação de profissionais da área urbana.

O pesquisador Luis Fernando Wolff, responsável pela realização do Curso, disse que o treinamento surgiu para atender uma grande demanda existente no município a cada primavera. “Nesta época do ano são pedidos socorros à nossa Empresa, para retirar os enxames de abelhas em diversos pontos da área urbana em caráter de eliminação. Mas, a Embrapa não tem um compromisso concreto em remover os enxames. Nós podemos oferecer capacitação para que estes enxames não sejam eliminados e possamos preservar recursos naturais promotores de alimento, como é o caso da produção de mel, realizado pelos insetos”, considerou Wolff.

Crédito: Paulo Lanzetta
Crédito: Paulo Lanzetta

Segundo o pesquisador as atividades estão planejadas em três fases: a primeira, de capacitação dos empregados da Embrapa; a segunda, de articulação, organização e capacitação de uma Brigada Apícola para Pelotas; e a terceira, de formação da Brigada Apícola de Pelotas para transferir conhecimentos a outros municípios. “A segunda etapa desta atividade apícola deve acontecer no próximo inverno, se houver interesse. E quanto ao treinamento, o município de Porto Alegre e outros, já sinalizaram boa vontade em recebê-lo”, confirmou Wolff.

Para ele, o treinamento habilitou as pessoas participantes a retirarem os enxames com segurança. “Todos estão aptos, pois a prática foi exercitada. Fizemos a retirada de três enxames para dentro de colmeias, que seguirão para o apiário experimental na EEC. “Um dos pontos que deve ser dada atenção é quanto à finalização e ao bloqueio de fluxos de acesso a localização dos enxames, pois os insetos podem gerar riscos de saúde à população, então, é necessária a articulação com outras instituições como a Patrulha Ambiental, a Prefeitura Municipal e secretarias e a Emater/RS para que estejam preparados para atuar nestas situações”, lembrou Wolff.  A atividade foi avaliada como positiva por aproximar também os profissionais da área da Segurança do Trabalho à Pesquisa.

Todos os participantes vão receber certificados como qualificados a remover enxames.

Fonte: Embrapa Clima Temperado