Ciência Cidadã trilha o caminho das flores na Chapada Diamantina

abelhas e a polinização

Já pensou em contribuir com uma pesquisa científica por meio de suas fotografias? Essa é a proposta de pesquisadores da Universidade Federal da Bahia (UFBA), por meio do Laboratório de Biologia e Ecologia de Abelhas (Labea), em parceria com o projeto Polinizadores do Brasil. “Ciência Cidadã – Guardiões da Chapada” é uma pesquisa colaborativa, baseada na participação voluntária das pessoas para a coleta de dados a respeito da rotina dos polinizadores, especialmente, das abelhas, ameaçadas por conta da destruição de áreas naturais.

Através de fotografias que mostram a interação entre plantas e polinizadores, o estudo analisará o contexto desses animais e do habitat em que vivem, a fim de desenvolver um programa de monitoramento, contribuindo com a preservação ambiental. “A polinização é o processo de transferência do pólen da parte masculina para a parte feminina da flor. Esse é o primeiro passo na reprodução das plantas e pode ser realizado pelo vento, água ou animais. Devido a ações não amigáveis, a perda de abelhas tem sido reportada em vários lugares do mundo. A conservação de espécies nativas é essencial para a preservação da flora local. Espécies como o maracujazeiro, a macieira e a mangueira dependem diretamente desse serviço, que influencia na produção de alimentos, na manutenção das matas e da água”, explica Caren Queiroz Souza, mestranda do Programa de Ecologia e Biomonitoramento e integrante do projeto.

Por meio da Rede de Pesquisa, Ensino e Extensão para Uso e Conservação de Polinizadores e dos Serviços de Polinização (Polinfrut), a UFBA desenvolveu, ainda, quatro cartilhas, elaboradas de forma coletiva em trabalhos desenvolvidos pela Rede nos municípios de Ibicoara e Mucugê, escolhidos ao lado de Juazeiro, no norte do estado, por conta da presença do polo agrícola. “A nossa proposta atual é trabalhar o conteúdo dessas cartilhas em escolas de ensino fundamental e médio, em vários municípios do Território da Chapada Diamantina.

Assim, os diretores/professores interessados em trabalhar esses conteúdos poderão entrar em contato pelo e-mail blande.viana@gmail.com. Para o público geral exemplares impressos dessas cartilhas estarão disponíveis nas bibliotecas, nos centros culturais e principais hotéis das cidades de Mucugê, Lençóis e Ibicoara. Cópias em PDF poderão ser acessadas para download, em breve, na página do Labea”, explica Blandina Felipe Viana, coordenadora da ação e doutora em ecologia.

O sistema online estará em funcionamento a partir do segundo semestre, quando os interessados poderão carregar suas fotos para serem utilizadas nos materiais educativos do projeto.  A página no Facebook já está disponível, em /guardioesdachapada.

Fonte:  Guia Chapada Diamantina – Verusa Pinho