Brasil comemora acordo do clima “justo e ambicioso”

O governo brasileiro aplaudiu  o “justo e ambicioso” acordo climático alcançado em Paris com sua “decisiva participação” e revelou que incentivará acordo de “cooperação sul-sul” sobre o assunto.

“Comemoramos com todas as nações e todos os povos do mundo por esta conquista que garante o desenvolvimento sustentável, a preservação do planeta e as condições de vida da humanidade”, informou o governo em comunicado assinado pela presidente Dilma Rousseff, em que destacou também a “decisiva participação do Brasil”.

Os 195 países que participaram da COP21 aprovaram este histórico acordo mundial contra o aquecimento global, que une pela primeira vez nessa luta países ricos e em desenvolvimento.

O acordo, que substituirá a partir de 2020, o atual Protocolo de Kyoto, é “justo e ambicioso, fortalecendo o regime multilateral e atendendo aos legítimos anseios da comunidade internacional”, considerou a presidente.

“Se guia pelos princípios da convenção do aquecimento global e respeita as diferenças entre os países desenvolvidos e em vias de desenvolvimento”, afirmou.

MMA

Na avaliação da ministra do Meio Ambiente (MMA) Izabella Teixeira, que assumiu notório protagonismo nas discussões da COP-21, o acordo deixa o Brasil “muito satisfeito”.  Ela afirmou que o texto “reflete todas as posições que o governo brasileiro defendeu”.

Ela ainda elogiou o resultado da COP-21, lembrando como é difícil se chegar a um consenso entre tantas nações. “Deu muito trabalho, não é um acordo trivial”, afirmou, acrescentando que o texto está “muito balanceado”.

COP 21 Ministra Izabella Teixeira Ban Ki-moon - Crédito
Ministra Izabella Teixeira (MMA) e Ban Ki-moon, Secretário Geral da ONU, durante a COP 21 em Paris

Em declaração divulgada por meio de uma rede social do ministério, a ministra avaliou que o acordo abrirá uma nova fase de enfrentamento da mudança climática. “Ele reflete todas as posições que o governo brasileiro defendeu. Trata da visão balanceada de mitigação e adaptação. Traz a questão da transparência do sistema único garantido os meios para que os países em desenvolvimento possam desenvolver seus sistemas, assegurando a soberania nacional, mas também contando com a apoio para a implementação”, afirmou.

Fonte: AFP/UOL , Jornal do Brasil e Agência Brasil